quarta-feira, 28 de abril de 2010

Indignação

Quando eu estava no Ensino Médio, não era raro ouvir dos professores:

"Ou você estuda, ou acabará na Univás".

Cresci com esse pensamento binário.
Quando estava ocioso, pensava:
"Cada minuto perdido é um passo a mais em direção à Univás".

Acabei estudando. E muito.
E, mesmo assim, acabei vindo estudar na Univás.

O pensamento ainda no primeiro ano de faculdade era que estava perdendo tempo, pois, em meu diploma, haveria uma marca: a logomarca Univás.

Mas, antes do final do primeiro ano, após uma conversa com uma das melhores professoras do curso de jornalismo, abri minha mente e compreendi que não é
somente a faculdade que faz o aluno.
Mas o aluno também faz a faculdade.

Com o seu talento, a sua participação,
o seu grau de exigência, tudo isso faz a Universidade ser melhor.

Entendi que não importa exatamente se estou na USP ou na Univás.
Para estar preparado, é preciso a minha parte, a minha dedicação.

Passei então a dar mais valor no curso.
Tive excelentes professores, e outros, que na minha opinião,
não merecem o cargo de educador.

Hoje, no último ano, tenho total consciência e tranquilidade
que estou preparado para o mercado de trabalho.
Isso porque eu me dediquei e ainda busquei conhecimento lá fora.
Não fiquei preso apenas ao conteúdo que era ensinado nas salas de aula.

Estou tranquilo, porém indignado.

Lembro-me das aulas de Ética e Legislação.
Aprendemos que devemos publicar exatamente o que a fonte disse.
Nunca distorcer ou alterar.
Devemos ser éticos.

Mas, tenho a sensação de que aprendemos ficção na sala de aula.
Apenas brincamos de ser jornalistas.
Porque na prática, as mesmas pessoas que nos ensinaram tudo,
acabam fazendo o contrário.

O dia mais humilhante pra mim, nesta faculdade,
foi quando uma professora minha censurou minha matéria.
Eu havia sido designado para fazer uma entrevista com os dois candidatos a reitor desta universidade para ser publicada no jornal laboratorial do meu curso.

Eu fiz as entrevistas e redigi a matéria.
Fiz uma matéria informativa, não me posicionei.
Apenas apresentei as propostas de ambos candidatos.

Após uma discussão na sala de coordenação do curso, esta professora disse que minha matéria seria publicada sim, mas que enviaria a matéria antes para os dois candidatos.

Minha matéria já estava PRONTA,
APROVADA pela própria professora, e DIAGRAMADA.
Faltava apenas ser levada para a gráfica para ser impressa.

E, mesmo assim, a professora enviou para os candidatos.
Conversei com ela antes disso. E ela me garantiu que nada seria alterado.
Mas fui um tolo de acreditar nisso.

Um dos candidatos, que, por coincidência, é a que a professora está apoiando,
EDITOU, ou seja, ALTEROU a MINHA matéria.
E minha professora permitiu isso.

Quer dizer: depois da matéria estar pronta, a minha professora enviou
aos candidatos e um deles mudou, alterou o que havia me respondido antes.
Eu tenho a gravação da entrevista original e o texto final que foi publicado.

Será que tudo o que é ensinado durante o curso é apenas teoria
para NÃO ser utilizada na prática?

Até que ponto a atitude profissional não é influenciada por interesses
que não sejam o de nos ensinar a prática correta da nossa profissão?

Neste momento senti vergonha por estar aqui nesta universidade.
É triste falar isso, mas, a despeito do que me falavam da Univás
quando eu era estudante do Ensino Médio, eu nunca senti vergonha
ou tristeza de estar estudando aqui. Mas, hoje, eu senti.

Mas não posso julgar um curso, uma instituição por apenas uma pessoa.
Até mesmo porque, no meu curso, têm alguns excelentes professores,
os quais tenho orgulho e honra de dizer que fui aluno deles.

Outro exemplo, que me entristeceu muito em relação ao que é ensinado em sala de aula, neste curso de Jornalismo, é sobre o jornal "A Tribuna".
Ele sempre foi muito "elogiado" por nossos professores durante as aulas.
Para muitos, ele é um anti-exemplo de jornal, jornalismo, ética,
apuração dos fatos e outras coisas.

Mas, quando este jornal reforça as palavras que um candidato
não conseguiu emplacar em seu discurso sobre determinado assunto,
aí, este jornal vira "EXEMPLO" de leitura e acaba até sendo pregado
no mural da sala de coordenação do jornalismo!

Pasmem! Mas é a perfeita confusão entre coordenação de curso,
professores e apoio à campanha de um candidato à reitoria.
É um absurdo!

Sinceramente?
Hoje tenho ORGULHO de falar que faço Jornalismo na Univás.
Por causa de alguns professores que conseguem ainda manter o nome deste curso.

”Cá entre nós, é pouco joio para estragar muito trigo”.
Não vou me deixar abater por isso.


Atenciosamente,
Dimitri Leone
Estudante do curso de Jornalismo - 7º período
dime@venom9x.com

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Que se foda...

Dando continuidade ao post de janeiro...

domingo, 3 de janeiro de 2010

Falling in Love

Nunca acreditei em amor.
Aliás, o que é o "amor"?

Segundo o Wikipedia, a palavra amor significa afeição, compaixão, misericórdia (?), inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo e libido.

Resumindo: Amor é a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.

Nunca acreditei nisso.
Porque?

Como conseguir sentir tudo isso por uma pessoa/objeto?
Acreditava que amor era apenas uma questão de afinidade.

E tinha certeza que não passava disso.
Pena que estava errado.

Estranho sentir algo que não está descrito no Wikipedia.
Ainda mais quando não tenho mais chances de estar junto dessa pessoa.

O pior são os efeitos colaterais do amor.
E isso também não está descrito no Wikipedia.

Uma dor forte no peito incontrolável.
Sensações de querer estar perto dela o tempo todo, admirar todos os seus defeitos, valorizar cada miléssimo de segundo diante dela, rir de todas as suas expressões, esquecer do mundo e de seus problemas e apenas admirá-la.

Para mim naquele momento, poderia acontecer o que fosse, não me importaria.
A pessoa mais importante nesse mundo estava diante de mim.
Senti uma afeição e carinho tão grande por ela do que comigo mesmo.

Seria isso então o que chamam de amor?

Você deve estar pensando agora que adorei o que senti.
Não. Não gostei nenhum pouco.

E acho que não gostaria nunca de ter descoberto a verdade.
Dizem os mais sábios que amor você só encontra apenas um.
Tomara que seja verdade.

Não gostaria de ter de passar por isso novamente em minha vida.
Eu que sempre fui orgulhoso, me amei mais do que meu próprio criador (risos).

Cheguei a me deixar de lado e admirar outro ser humano mais
do que todos os outros juntos.

Esse sentimento é realmente muito estranho.

No momento em que estive com ela,
senti coisas que não possuem traduções em dicionários.

Mas bastou um pouco de rejeição para o teto cair sobre minha face.

Sei muito bem que a frase acima está muito NxZero, mas sinceramente,
não consigo encontrar palavras que descrevam o que estou sentindo no momento.

Vivendo e (des)aprendendo.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Realidade x ficção

Engraçado como a televisão têm o poder de manipular as pessoas.

Vou citar um exemplo próximo de mim.
Minha mãe.

A coroa não perde um capítulo de novela por nada.
Novela é coisa sagrada aqui em casa.
É uma obra (?) de Deus.

Pouco interessa se o telefone tocou ou se a casa está em chamas...

Interessante é que as vovós que assistem essas novelas, após acabar,
correm para suas camas e dormem.
E como dormem.

Sonham com os galãs que acabaram de ver na TV.
Imaginam-se com aqueles galãs.
Patético isso.

Quem assiste novela quer saber como é a vida alheia.
Quer se interar da vida dos outros. Dos "famosos" principalmente.
Ainda tem gente que adquire revistas onde conta o que vai acontecer
no capítulo seguinte.
E assistem ainda!

Se já não bastassem os problemas que possui,
acabam se preocupando com a vida alheia.

Sem contar o quão monótono é o enredo (?) de uma novela.
Sempre a mesma coisa.
Na novela "Malhação" por exemplo, sempre tem um casalzinho do bem e outro do mal.
No final, o casal do mal vira bonzinho e o do bem viaja pro exterior.

E quando um autor quer passar lição de moral?
Peguemos o grande (?) Manoel Carlos.
Tão admirado pelos noveleiros.

Ele utiliza o que está na moda para mostrar as preocupações sociais.
Anoxeria, casais homossexuais (e adoções), violência contra a mulher...

E isso acaba não somente influenciando, como fazendo a cabeça de quem assiste.
Se antes de ver uma novela você pensa de uma maneira - lembrando que estou falando do público massivo e não quem possui pelo menos acima de 80 de Q.I - quando chegar no final, você irá aceitar o que o autor lhe propôs.

Final de novela é feriado nacional.
É nesses momentos que eu vejo o rebanho.
Todos sentados (empilhados) frente á televisão para assistirem
o que já sabem que irá acontecer.

Na faculdade onde estudo (?) chega a ser vergonhoso.
Há mais alunos na cantina assistindo novela das oito do que nas salas de aulas.

Por isso eu digo:
Desligue a TV e leia um livro.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Artistas se dividem entre palco e sala de aula

Dentro da universidade, alunos. Fora dela, artistas.

Cada vez mais artistas procuram a formação acadêmica como meio de sobreviver, mas sem deixar a arte de lado. Entre eles, Robson Aparecido da Silva, de 24 anos, estudante do curso de sistemas de informação. Longe dos livros e cadernos, atua e leciona teatro.

Robson conta que desde criança gostou de teatro. Suas principais influências foram a televisão e a vontade de falar em público. Mesmo atuando e lecionando, ele não procura fazer da arte seu ganha pão. Encara isso como uma distração, seu hobby. Não cobra para atuar e muito menos para dar aulas. Faz por prazer. Diz que não têm stress com o teatro, apenas alegrias. É o seu refúgio dos problemas cotidianos.

Já o advogado e estudante de publicidade, Mário Liz, de 27 anos, faz de seus poemas um recurso para complementar sua renda. O poeta concorreu com mais de 35 mil pessoas no prêmio dos 100 anos do 14 bis, conquistando o pódio. Com esse prêmio viajou para vários países e faturou dois mil euros. Mas somente com o direito da arte não é suficiente para suprir todas as necessidades.

Muitos artistas procuram os cursos superiores para ajudar no auxílio da renda. Como é o caso da estudante de jornalismo, Laís Tiburcio Torres, de 22 anos, que é cantora e musicista. Para ela a música é prioridade. "Cresci numa família de músicos. Minha mãe sustenta a família apenas com o direito da arte. Eu toco e canto desde pequena. Quando comecei a tocar em bares tinha apenas 15 anos. Tenho meu trabalho solo e, paralelo á isso um trio de blues rock - Jack Alambique. Decidi optar pela faculdade pra tentar manter uma vida estável para fazer o meu som por aí”, diz Laís.

Mas há quem consiga conciliar a arte aos estudos. Como é o caso do estudante de arquitetura, Tiago Dantas Caldas, de 22 anos, que é desenhista e leciona desde os 15 anos de idade. Em seus trabalhos, se destaca por ter conhecimento em desenho. O desenhista conta que sempre esteve com o lápis e papel na mão, desde criança. A formação acadêmica foi escolhida devido aos conhecimentos que já possuía e que gostaria de ter como profissão.

“Não me imagino fazendo outra coisa a não ser desenhar. Gosto muito de imaginar e desenvolver projetos, sempre procurando quebrar paradigmas. Uso da arte para satisfazer minhas necessidades práticas, estimular e me distrair, mostrar ao mundo como penso e, também, explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas”, conta Tiago.

São vários estudantes que têm habilidade artística, mas que optaram pela formação acadêmica, seja para ter uma vida mais estável, se realizar profissionalmente ou até mesmo conciliar sua vocação aos estudos.

domingo, 18 de outubro de 2009

Ser "nerd" ou não ser?

Meus amigos me rotulam como "nerd".
Seria essa a palavra correta para definir uma pessoa,
que não gosta de ir para as "baladas"?

Seria essa a definição exata que corresponde um indivíduo,
que prefere passar o final de semana estudando ao invés de "curtir a night"?
Vai saber.

Questiono sobre essa expressão: "curtir a night".
Curtir o quê?
Curtir sua vida passando, você se deixando levar pelas atitudes e pensamentos dos outros e aceitando a visão que o mundo lhe estabelece?

Já parou para pensar que sua vida está passando, o tempo que você está desperdiçando lendo as transcrições de meus pensamentos, não voltará jamais?
A vida é feita de escolhas. E são essas escolhas que definem quem somos.
Seria a escolha certa, para você, perder seu tempo lendo isto?
Eu fiz minhas escolhas.

Se ser nerd é ser diferente das pessoas que se deixam levar pela sociedade em que vivem: "Yes, i'm."

Já dizia Raul Seixas: "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".
Comparando a frase acima, o que me diferencia, é que não sou ambulante.
Não saio do "ninho".

Certo dia, ao ser "zoado" por um de meus (?) amigos, questionei-o sobre o que eu estaria perdendo por não sair para "curtir".
A resposta foi:
"Você está perdendo de dançar, curtir com os amigos e pegar mulherada top".

Convido-te abrir sua mente por apenas alguns minutos (não vai doer, prometo)
e ser realista.

Cerca de 99% das pessoas que vão para as baladas, não vão para dançar.
Pode acreditar.
Apenas (?) dançam pois precisam dessas "danças e passinhos de acasalamento",
para atrair (chamar atenção/despertar interesse) o sexo oposto (ou não).

Curtir com os amigos?
Um momento.

Deixe-me refletir mais uma vez.
Agora sim.

Não. Ninguém vai para balada pra curtir com os amigos.
Vão por causa da pressão social mesmo. Se eles vão, tenho que ir.
É como aquela expressão popular: "Aonde a vaca vai, o boi vai atrás".

A vaca que me refiro é o (?) líder da turma.
Mas conhecido como o "mané" (coincidência hein Mané?!).
Aquele que vai, porque quer impressionar os amigos. Isso mesmo.
Quer beber todas para mostrar que é "machão" (que aguenta tudo).
Quer beijar todas as garotinhas (desde que os amigos estejam perto).
Exemplificando, é um "Stifler" (para quem não assistiu o filme American Pie, fica a dica).

Não vejo como é possível "curtir com os amigos" numa balada.
Se é que esse curtir, está associado ao que imagino.
Sejamos novamente realistas.

Você chega numa balada. Qual a primeira coisa que faz?
Isso mesmo, ir ao banheiro. Para que?
Verificar como está a sua aparência.
Checa se seu cabelo está ainda daquele jeito (caso o vento/chuva tenha danificado a escova/chapinha).
Dá as últimas retocadas e vai comprar sua bebida.
Após estar municiado com seu copo (repare que 90% das pessoas ficam com o mesmo copo até o final da festa), voltam para a rodinha onde seus amigos se encontram.

Agora, prontos para a "guerra", começam os rituais.
Na rodinha, os homens estufam o peito (like Johnny Bravo) e proseiam sobre dinheiro, mulher e contam vantagens (quase berrando) para atrair as fêmeas.

O tempo passa, começam a se contorcerem (o que eles chamam de dançar)
e está iniciado o ritual de acasalamento.

Enquanto isso, estou aqui em casa (?) estudando.
Sim, eu sou um "nerd" (já disse).

Finalizando com o terceiro argumento: "pegar a mulherada top".

Então para conquistar/ganhar um beijo de uma garota (ou ir mais além)
precisa passar por todo esse processo?
Para mim, não.

Não são suas atitudes que despertam o interesse alheio
(pelo menos, com pessoas decentes).
E sim, suas idéias.

Além do que, não deixo a cabeça de baixo, controlar a de cima (se é que me entendem).

É, eu sou um nerd mesmo.
Ao invés de estar "curtindo" o sábado, estou aqui escrevendo esse texto.
Horário? 04:35 am

Good night
and good luck.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Um foi bom, dois será demais e três nem te conto!

Se esse ano já não esperava por mais nada...
...acabou vindo tudo!
E sem exageros.

Em abril deste ano, o tenor italiano Andrea Bocelli veio ao Brasil e fez duas apresentações.
Primeiro no Rio, para mais de 4 mil vips (pois o preço não estava nada acessível) e depois em São Paulo para mais de 30 mil pessoas (aberto ao público).

O italiano é hoje considerado um dos maiores tenores em atividade.
Já atendeu ao masterclasses com o renomado tenor Franco Corelli.

Sua capacidade vocal é impressionante.
Seu timbre é doce e único.
A cantora canadense Celine Dion, em seu DVD These are Special Times - lançado em 1998 - disse que "Se Deus tivesse a voz de um cantor, soaria como Andrea Bocelli".

Quem assistiu ao(s) show(s) do tenor no Brasil, com certeza se emocionou.
Os últimos 30 minutos foram inesquecíveis.
Andrea cantou lado de Toquinho a música Acquarella.
Não havia quem não se emocionasse.

E depois (poderia ter ficado sem essa) a cantora (?) bahiana Ivete Sangalo subiu ao palco (pra quê?) e cantou duas músicas com o tenor (uma ela esqueceu e a outra ela errou a letra).

Mas tudo que é bom, sempre pode ser melhor! (risos)

O tenor voltará este ano, no dia 28 de dezembro e se apresentará em Florianópolis para um público estimado em quase 1 milhão de pessoas.

Fica a dica.