quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Realidade x ficção

Engraçado como a televisão têm o poder de manipular as pessoas.

Vou citar um exemplo próximo de mim.
Minha mãe.

A coroa não perde um capítulo de novela por nada.
Novela é coisa sagrada aqui em casa.
É uma obra (?) de Deus.

Pouco interessa se o telefone tocou ou se a casa está em chamas...

Interessante é que as vovós que assistem essas novelas, após acabar,
correm para suas camas e dormem.
E como dormem.

Sonham com os galãs que acabaram de ver na TV.
Imaginam-se com aqueles galãs.
Patético isso.

Quem assiste novela quer saber como é a vida alheia.
Quer se interar da vida dos outros. Dos "famosos" principalmente.
Ainda tem gente que adquire revistas onde conta o que vai acontecer
no capítulo seguinte.
E assistem ainda!

Se já não bastassem os problemas que possui,
acabam se preocupando com a vida alheia.

Sem contar o quão monótono é o enredo (?) de uma novela.
Sempre a mesma coisa.
Na novela "Malhação" por exemplo, sempre tem um casalzinho do bem e outro do mal.
No final, o casal do mal vira bonzinho e o do bem viaja pro exterior.

E quando um autor quer passar lição de moral?
Peguemos o grande (?) Manoel Carlos.
Tão admirado pelos noveleiros.

Ele utiliza o que está na moda para mostrar as preocupações sociais.
Anoxeria, casais homossexuais (e adoções), violência contra a mulher...

E isso acaba não somente influenciando, como fazendo a cabeça de quem assiste.
Se antes de ver uma novela você pensa de uma maneira - lembrando que estou falando do público massivo e não quem possui pelo menos acima de 80 de Q.I - quando chegar no final, você irá aceitar o que o autor lhe propôs.

Final de novela é feriado nacional.
É nesses momentos que eu vejo o rebanho.
Todos sentados (empilhados) frente á televisão para assistirem
o que já sabem que irá acontecer.

Na faculdade onde estudo (?) chega a ser vergonhoso.
Há mais alunos na cantina assistindo novela das oito do que nas salas de aulas.

Por isso eu digo:
Desligue a TV e leia um livro.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Artistas se dividem entre palco e sala de aula

Dentro da universidade, alunos. Fora dela, artistas.

Cada vez mais artistas procuram a formação acadêmica como meio de sobreviver, mas sem deixar a arte de lado. Entre eles, Robson Aparecido da Silva, de 24 anos, estudante do curso de sistemas de informação. Longe dos livros e cadernos, atua e leciona teatro.

Robson conta que desde criança gostou de teatro. Suas principais influências foram a televisão e a vontade de falar em público. Mesmo atuando e lecionando, ele não procura fazer da arte seu ganha pão. Encara isso como uma distração, seu hobby. Não cobra para atuar e muito menos para dar aulas. Faz por prazer. Diz que não têm stress com o teatro, apenas alegrias. É o seu refúgio dos problemas cotidianos.

Já o advogado e estudante de publicidade, Mário Liz, de 27 anos, faz de seus poemas um recurso para complementar sua renda. O poeta concorreu com mais de 35 mil pessoas no prêmio dos 100 anos do 14 bis, conquistando o pódio. Com esse prêmio viajou para vários países e faturou dois mil euros. Mas somente com o direito da arte não é suficiente para suprir todas as necessidades.

Muitos artistas procuram os cursos superiores para ajudar no auxílio da renda. Como é o caso da estudante de jornalismo, Laís Tiburcio Torres, de 22 anos, que é cantora e musicista. Para ela a música é prioridade. "Cresci numa família de músicos. Minha mãe sustenta a família apenas com o direito da arte. Eu toco e canto desde pequena. Quando comecei a tocar em bares tinha apenas 15 anos. Tenho meu trabalho solo e, paralelo á isso um trio de blues rock - Jack Alambique. Decidi optar pela faculdade pra tentar manter uma vida estável para fazer o meu som por aí”, diz Laís.

Mas há quem consiga conciliar a arte aos estudos. Como é o caso do estudante de arquitetura, Tiago Dantas Caldas, de 22 anos, que é desenhista e leciona desde os 15 anos de idade. Em seus trabalhos, se destaca por ter conhecimento em desenho. O desenhista conta que sempre esteve com o lápis e papel na mão, desde criança. A formação acadêmica foi escolhida devido aos conhecimentos que já possuía e que gostaria de ter como profissão.

“Não me imagino fazendo outra coisa a não ser desenhar. Gosto muito de imaginar e desenvolver projetos, sempre procurando quebrar paradigmas. Uso da arte para satisfazer minhas necessidades práticas, estimular e me distrair, mostrar ao mundo como penso e, também, explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas”, conta Tiago.

São vários estudantes que têm habilidade artística, mas que optaram pela formação acadêmica, seja para ter uma vida mais estável, se realizar profissionalmente ou até mesmo conciliar sua vocação aos estudos.